"Adorado
por alguns e detestado por outros (especialmente por quem tem rinite alérgica),
o cheiro típico de lugares abarrotados de livros antigos normalmente surge de
um composto chamado lignina, presente em livros fabricados entre a metade do
século 19 e meados dos anos 2000 (e, em alguns países, em livros fabricados até
hoje).
Library Smell
Greg Friedler/Getty Images
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Essa
substância entrou na jogada quando fabricantes de livros substituíram o algodão
ou o linho por fibras de celulose. Infelizmente, a lignina é bastante instável,
e com o passar do tempo diminui a acidez do papel, o que pode torná-lo frágil e
quebradiço. Esse processo pode ser interrompido por substâncias como óxido de
magnésio, mas o tratamento deve ser feito com cautela, para não causar estragos
ainda maiores.
A
ciência da preservação
Uma
química da Universidade de Strathclyde (Escócia) chamada Lorraine Gibson criou
o projeto Heritage Smells (“Odores de Herança”), no qual são usados
espectômetros de massa para identificar, em estágios iniciais, o envelhecimento
de livros que contêm lignina.
A
iniciativa, se inspirar ações similares, pode ajudar na preservação de milhões
de livros."
FONTE: HYPESCIENCE
ARTIGO ORIGINAL: POPSCI