Ele
não consegue suportar a dor pela perda do filho. Decide oferecer a sua fortuna
(fábrica de tapetes) a quem o ajudar a acabar com esse sofrimento. A solução é
apresentada por um hindu (Nachiketa Mudaliar): adoptar uma criança americana.
Fazal
Elahi parte à procura de pacificação. Ele precisa de se completar.
São
620 páginas de procura da bondade pela bondade, do perdão pelo perdão, sem
recompensa nem retribuição além do acto em si. Desta forma, a ligação entre tudo e todos
poderá ser o mais pura possível. É que, para Elahi, tudo o que acontece na vida
das pessoas está ligado, “como se fosse um tapete, o primeiro ponto não está
separado do último, e se alguém mexer num deles mexe inevitavelmente nos
outros.” (pág.202)
Ao
longo do livro o leitor será acompanhado por Badini, Isa, Ilia Vassilyevitch
Krupin, Salim, Bibi, Aminah e muitas outras personagens concebidas pela intensa
criatividade do autor português.
São muitas personagens e muitas histórias que
evoluem em narração intercalada. Os vários fios da narrativa são urdidos com a
mestria de um hábil artesão.