O Prémio da Latinidade “João Neves de Fontoura” foi atribuído pela União Latina à Escritora Lídia Jorge.
Fundada em 1954, a União Latina é composta por 36 Estados de língua oficial ou nacional românica e tem como objetivo promover a reflexão sobre os valores culturais e linguísticos do conjunto da comunidade latina e a consciência da identidade cultural comum destes povos.
Lídia Jorge
Nasceu em Boliqueime (Algarve), no ano de 1946. Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa e foi professora do ensino secundário.
Considerada hoje em dia como uma das romancistas de maior sucesso na literatura portuguesa contemporânea, começou a escrever desde muito jovem. É colaboradora de vários jornais e revistas e tem integrado diversos júris de prémios literários. É membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Em 1970, Lídia Jorge parte para África, onde dá aulas em Angola e Moçambique. O pleno ambiente da Guerra Colonial, que aí contactou será descrito mais tarde, através do olhar da mulher de um oficial do exército português, no romance A Costa dos Murmúrios.
Regressada a Lisboa, continuou a dar aulas, foi professora da Faculdade de Letras de Lisboa, actividade que interrompeu para desempenhar funções na Alta Autoridade para a Comunicação Social.
A sua primeira obra, O Dia do Prodígios, constrói-se como uma alegoria ao país fechado e parado que Portugal era sob o regime anterior à revolução de Abril de 74.
O impacto causado por este romance foi, também ele, prodigioso. Lídia Jorge foi de imediato saudada como uma das mais importantes revelações das letras portuguesas e uma voz renovadora do seu imaginário romanesco.
A tecitura narrativa dos seus dois primeiros romances mistura vários planos narrativos numa estrutura polifónica de onde se destacam personagens que adquirem uma dimensão metafórica, ou mesmo mítica. Têm sido, associados à literatura sul-americana, pela presença do fantástico.
Lídia Jorge
Nasceu em Boliqueime (Algarve), no ano de 1946. Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa e foi professora do ensino secundário.
Considerada hoje em dia como uma das romancistas de maior sucesso na literatura portuguesa contemporânea, começou a escrever desde muito jovem. É colaboradora de vários jornais e revistas e tem integrado diversos júris de prémios literários. É membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Em 1970, Lídia Jorge parte para África, onde dá aulas em Angola e Moçambique. O pleno ambiente da Guerra Colonial, que aí contactou será descrito mais tarde, através do olhar da mulher de um oficial do exército português, no romance A Costa dos Murmúrios.
Regressada a Lisboa, continuou a dar aulas, foi professora da Faculdade de Letras de Lisboa, actividade que interrompeu para desempenhar funções na Alta Autoridade para a Comunicação Social.
A sua primeira obra, O Dia do Prodígios, constrói-se como uma alegoria ao país fechado e parado que Portugal era sob o regime anterior à revolução de Abril de 74.
O impacto causado por este romance foi, também ele, prodigioso. Lídia Jorge foi de imediato saudada como uma das mais importantes revelações das letras portuguesas e uma voz renovadora do seu imaginário romanesco.
A tecitura narrativa dos seus dois primeiros romances mistura vários planos narrativos numa estrutura polifónica de onde se destacam personagens que adquirem uma dimensão metafórica, ou mesmo mítica. Têm sido, associados à literatura sul-americana, pela presença do fantástico.
A sua escrita reflecte a captação da oralidade, bem como uma estrutura narrativa que afirma, a par do discurso do narrador, o discurso das personagens. A cultura de tradição oral, a linguagem dos grupos arcaicos, os seus mitos e simbologias sociais, servem o objectivo de reflexão sobre a identidade cultural portuguesa.
O experimentalismo que marca, sobretudo, as suas primeiras obras começa, entretanto, a tomar um tom mais realista, nomeamente no romance, O Jardim Sem Limites, onde à pequena aldeia de Vilamaninhos, se substitui Lisboa, a metrópole europeia onde se cruzam todas as influências e se rarefazem identidades e territórios.
Os seus romances mantêm uma grande variedade temática. Estão sobretudo ligados aos problemas colectivos do pov o português e às circunstâncias históricas e mudanças da sociedade nacional após o 25 de Abril, assim como à problemática da mulher.
Fonte: DGLB